close iframe icon
Banner

Untitled (Undated) - Mily Possoz (1888-1967)

Calouste Gulbenkian Museum, Modern Collection, São Sebastião da Pedreira, Lisbon, Portugal

Material: Graphite on paper
Collecti...
Read more

Calouste Gulbenkian Museum, Modern Collection, São Sebastião da Pedreira, Lisbon, Portugal

Material: Graphite on paper
Collection: Calouste Gulbenkian Foundation, Modern Collection
Inv.: DP48

BIOGRAPHY

Irónica e aventureira, Mily Possoz estudou e expôs em vários países da Europa. A sua pintura de cores fortes e pincelada vigorosa contrasta com um desenho despojado e de linhas isoladas, que caracterizam também o seu trabalho de gravura. Entre o modernismo inspirado em Paul Cézanne (1839-1906) mas também nos mestres flamengos do século XV, o surrealismo com ecos de Marc Chagall (1887-1985), e as influências orientais tomadas do pintor e gravador japonês Tsugouharu Foujita (1886-1968), o mundo de Mily Possoz criou uma portugalidade adequada ao tempo, mas livre.

Desenhadora, pintora e gravadora (xilogravura, ponta-seca e litogravura), filha de cidadãos belgas radicados em Portugal, inicia estudos no Colégio Alemão e tem aulas particulares de pintura com Emília dos Santos Braga (1867-1950) e Enrique Casanova (1850-1913). Em Paris, a partir de 1905, estuda na Académie de La Grande Chaumière, com Emile-René Ménard (1861-1930) e Lucien Simon (1861-1945). Prossegue estudos na Bélgica, Alemanha – em Düsseldorf tem aulas particulares com o gravador Willy Spatz (1861-1931) – e Holanda.

Regressada a Portugal, em 1909, integra o movimento modernista. Na década de 20 retoma a experiência como ilustradora, colaborando com revistas como a ABC, a Contemporânea e a Athena, e com diversos escritores. Em 1922 muda-se de novo para Paris, aí permanecendo até ao final de 1937. Trabalha sobretudo em gravura, integrando a associação de gravadores Jeune Gravure Contemporaine, criada em Paris em 1929. Frequentadora assídua de museus e exposições, foi amiga do artista japonês Tsugouharu Foujita, gravador de referência para a sua geração que viveu em Paris de 1913 a 1931. A sua influência torna-se visível em algumas obras de Mily, que a conjuga com a inspiração compositiva e o gosto do detalhe da pintura flamenga quinhentista.

Regressa a Portugal em 1938. Trabalha activamente e participa em diversas exposições colectivas em França e na Bélgica. Mantém também actividade como ilustradora, mas abandona a gravura, recuperando o seu trabalho de Paris apenas após 1956, com a criação da Sociedade Cooperativa de Gravadores – Gravura. Dedica-se sobretudo ao desenho e à pintura a aguarela, para a qual existia mais mercado. Artista convidada para a Exposição do Mundo Português de 1940, colabora com a Companhia de bailados Verde-Gaio, criada por António Ferro (1895- 1956) nesta década, nomeadamente nos figurinos para o bailado D. Sebastião (1943). Tem também algumas raras incursões na tapeçaria.

EF

Maio de 2010
Read less

Views

24

Likes

Awards

Outstanding Creativity
sallyG11
See all
It’s your time to shine! ☀️

Share photos. Enter contests to win great prizes.
Earn coins, get amazing rewards. Join for free.

Already a member? Log In

By continuing, you agree to our Terms of Service, and acknowledge you've read our Privacy Policy Notice.