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FollowThe Battle (1965) - LuÃs Demée (1929 - 2001)
Calouste Gulbenkian Museum, Modern Collection, Lisbon, Portugal
Material: Oil on canvas
Collection: Calouste Gulbenkian Foundation, Modern Co...
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Calouste Gulbenkian Museum, Modern Collection, Lisbon, Portugal
Material: Oil on canvas
Collection: Calouste Gulbenkian Foundation, Modern Collection
Inv.: 65P272
BIOGRAPHY
O macaense LuÃs Demée faleceu aos 85 anos, em Portugal. O Instituto Cultural prepara uma exposição para homenagear âo mais importante artista plásticoâ de Macau.
A afirmação é aceite sem discussão e foi também subscrita pelo Instituto Cultural: LuÃs Demée era o maior artista plástico de Macau. O pintor macaense â aquele que aos 16 anos já encontrava no mar o espÃrito da terra para entrar hoje na linhagem de Marciano Baptista, Herculano Estorninho ou George Chinnery.
A notÃcia foi avançada ontem pela Rádio Macau, no mesmo dia em que se realizou o funeral, na Igreja Paroquial de Santo António das Antas, no Porto â a segunda cidade de LuÃs Demée. A primeira era Macau. Foi aqui que nasceu, a 8 de Novembro de 1929, filho de Clemente Demée e Comba Morgado.
E é cá, sobretudo no Museu de Arte de Macau (MAM), que se encontram algumas das suas obras. âUng Vai Meng [ex-director do MAM e presidente do Instituto Cultural] teve visão ao adquirir o espólio do tempo em que LuÃs Demée era um adolescente e tinha já ultrapassado o mestre, George Smirnoffâ, diz António Conceição Júnior, artista e amigo próximo.
à sob influência do arquitecto e pintor russo que LuÃs Demée começa a desenhar as ruas para se render à paisagem marÃtima de Macau. Aos 21 anos, fez a primeira exposição individual, bem recebida pela crÃtica. No ano seguinte, em 1952, consegue uma bolsa da Caixa Escolar de Macau e, com ela, a matrÃcula no curso de pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
Um ano depois pede transferência para o Porto, onde prosseguiu os estudos e acabou por dar aulas. LuÃs Demée terminou o curso com a classificação de 20 valores, com uma composição inspirada no âambiente fluvial das populações flutuantes do Orienteâ, recorda a Faculdade de Belas Artes do Porto, numa nota de condolências. âRio das Pérolasâ era o nome da obra.
âHá homens que saem da terra, mas a terra não sai deles. Era o casoâ, comenta António Conceição Júnior, ao confirmar que o pintor âmanteve sempre uma relação com Macauâ. Compreender esta obra, acrescenta, é chegar à essência da cidade, à sua dimensão multicultural: âà um dos papéis dos autoresâ e LuÃs Demée conseguiu cumpri-lo, âera ainda um miúdo de 16 anos e já melhor do que Chinneryâ.
Na obra do âmais importante artista plástico de Macauâ, o Instituto Cultural (IC) encontra o âespelho de uma combinação inesquecÃvel de Oriente e Ocidenteâ. âAs suas obras do perÃodo intercalar retratam os diferentes aspectos da evolução de Macau com estilo simples. Nas mais recentes, usou elementos artÃsticos orientais, que se tornou a sua caracterÃstica própriaâ, destaca o organismo, em comunicado.
O IC anuncia ainda a organização de uma exposição, no próximo ano, para homenagear Demée e ârecordar as contribuições deste artista famoso no desenvolvimento artÃsticoâ de Macau e âdar a conhecer as suas obras aos jovensâ.
A primeira grande homenagem que Macau prestou âao seu maior artista plásticoâ, recua António Conceição Júnior, foi em 1985, pelos 25 anos do Museu de LuÃs de Camões, que dirigia na altura. Há uma obra que se destaca, a serigrafia que assinalou a data: âTemos as raÃzes, Macau e Porto. Aquelas volutas de fumo dos comboios a carvão que via passar, aqueles toros de madeira que serviam para a amarração dos barcos e que, se calhar, já só encontramos no Porto Interiorâ, descreve Conceição Júnior.
LuÃs Demée, um homem âextremamente talentosoâ e de âgrande simplicidadeâ, ficou âmuito comovidoâ com a homenagem. âNão era de se manifestar muito, mas era muito amigo do seu amigo. Era também muito humilde. Nunca foi daqueles artistas que se querem promover. Deixou que o seu trabalho fosse reconhecido por siâ, elogia António Conceição Júnior.
Demée, que passou uma temporada em Paris ainda enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, recebeu vários prémios em concursos internacionais. A última grande exposição em Macau aconteceu em 2007, com 73 aguarelas e 16 desenhos criados entre 1945 e 1958 â uma parte do mundo do homem que, como diz António Conceição Júnior, âera tudo. Brilhante na composição e brilhante a pintarâ.
Sónia Nunes
SOURCE: pontofinalmacau.wordpress.com-2014-07-20-morreu-luis-deme...
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Material: Oil on canvas
Collection: Calouste Gulbenkian Foundation, Modern Collection
Inv.: 65P272
BIOGRAPHY
O macaense LuÃs Demée faleceu aos 85 anos, em Portugal. O Instituto Cultural prepara uma exposição para homenagear âo mais importante artista plásticoâ de Macau.
A afirmação é aceite sem discussão e foi também subscrita pelo Instituto Cultural: LuÃs Demée era o maior artista plástico de Macau. O pintor macaense â aquele que aos 16 anos já encontrava no mar o espÃrito da terra para entrar hoje na linhagem de Marciano Baptista, Herculano Estorninho ou George Chinnery.
A notÃcia foi avançada ontem pela Rádio Macau, no mesmo dia em que se realizou o funeral, na Igreja Paroquial de Santo António das Antas, no Porto â a segunda cidade de LuÃs Demée. A primeira era Macau. Foi aqui que nasceu, a 8 de Novembro de 1929, filho de Clemente Demée e Comba Morgado.
E é cá, sobretudo no Museu de Arte de Macau (MAM), que se encontram algumas das suas obras. âUng Vai Meng [ex-director do MAM e presidente do Instituto Cultural] teve visão ao adquirir o espólio do tempo em que LuÃs Demée era um adolescente e tinha já ultrapassado o mestre, George Smirnoffâ, diz António Conceição Júnior, artista e amigo próximo.
à sob influência do arquitecto e pintor russo que LuÃs Demée começa a desenhar as ruas para se render à paisagem marÃtima de Macau. Aos 21 anos, fez a primeira exposição individual, bem recebida pela crÃtica. No ano seguinte, em 1952, consegue uma bolsa da Caixa Escolar de Macau e, com ela, a matrÃcula no curso de pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
Um ano depois pede transferência para o Porto, onde prosseguiu os estudos e acabou por dar aulas. LuÃs Demée terminou o curso com a classificação de 20 valores, com uma composição inspirada no âambiente fluvial das populações flutuantes do Orienteâ, recorda a Faculdade de Belas Artes do Porto, numa nota de condolências. âRio das Pérolasâ era o nome da obra.
âHá homens que saem da terra, mas a terra não sai deles. Era o casoâ, comenta António Conceição Júnior, ao confirmar que o pintor âmanteve sempre uma relação com Macauâ. Compreender esta obra, acrescenta, é chegar à essência da cidade, à sua dimensão multicultural: âà um dos papéis dos autoresâ e LuÃs Demée conseguiu cumpri-lo, âera ainda um miúdo de 16 anos e já melhor do que Chinneryâ.
Na obra do âmais importante artista plástico de Macauâ, o Instituto Cultural (IC) encontra o âespelho de uma combinação inesquecÃvel de Oriente e Ocidenteâ. âAs suas obras do perÃodo intercalar retratam os diferentes aspectos da evolução de Macau com estilo simples. Nas mais recentes, usou elementos artÃsticos orientais, que se tornou a sua caracterÃstica própriaâ, destaca o organismo, em comunicado.
O IC anuncia ainda a organização de uma exposição, no próximo ano, para homenagear Demée e ârecordar as contribuições deste artista famoso no desenvolvimento artÃsticoâ de Macau e âdar a conhecer as suas obras aos jovensâ.
A primeira grande homenagem que Macau prestou âao seu maior artista plásticoâ, recua António Conceição Júnior, foi em 1985, pelos 25 anos do Museu de LuÃs de Camões, que dirigia na altura. Há uma obra que se destaca, a serigrafia que assinalou a data: âTemos as raÃzes, Macau e Porto. Aquelas volutas de fumo dos comboios a carvão que via passar, aqueles toros de madeira que serviam para a amarração dos barcos e que, se calhar, já só encontramos no Porto Interiorâ, descreve Conceição Júnior.
LuÃs Demée, um homem âextremamente talentosoâ e de âgrande simplicidadeâ, ficou âmuito comovidoâ com a homenagem. âNão era de se manifestar muito, mas era muito amigo do seu amigo. Era também muito humilde. Nunca foi daqueles artistas que se querem promover. Deixou que o seu trabalho fosse reconhecido por siâ, elogia António Conceição Júnior.
Demée, que passou uma temporada em Paris ainda enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, recebeu vários prémios em concursos internacionais. A última grande exposição em Macau aconteceu em 2007, com 73 aguarelas e 16 desenhos criados entre 1945 e 1958 â uma parte do mundo do homem que, como diz António Conceição Júnior, âera tudo. Brilhante na composição e brilhante a pintarâ.
Sónia Nunes
SOURCE: pontofinalmacau.wordpress.com-2014-07-20-morreu-luis-deme...
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