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FollowFields perfume (1899) - Luciano Freire (1864-1934)
Museu Nacional de Arte Contemporânea, MNAC, Museu do Chiado, Lisbon, Portugal
Material: Oil on canvas
Collection: MNAC - Museu Naciona...
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Museu Nacional de Arte Contemporânea, MNAC, Museu do Chiado, Lisbon, Portugal
Material: Oil on canvas
Collection: MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea
Dimension: 199 × 160,5 cm
Inv. 29
ABOUT THE WORK
HISTORY
Oferecido pelo autor àAcademia de Belas-Artes de Lisboa como prova de candidatura a Académico de Mérito, em substituição do quadro Os catraeiros, perdido no naufrágio do vapor Saint André, em 1901. Integrado no MNAC em 1911.
EXPOSITIONS
Lisboa, 1899, 32; Lisboa, 1911, 68; Lisboa, 1913, 29; Lisboa, 1945; Londres 2000, 118, cor; Nova Iorque, 2000, 118, cor; Lisboa, 2005.
BIBLIOGRAPHY
ARTHUR, 1903, 253; O Occidente. Lisboa, 1911, p.b.; ALBERTO, 1911, 287; MACEDO, 1954, 16, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; FRANÇA, 1967, vol. II, 240, p.b.; RIO-CARVALHO, 1986, 112; SILVEIRA, 1994, 29, cor; Expresso- Cartaz, Lisboa, 2000, 5, cor; PINHARANDA, 2000, 31, p.b.; ROSENBLUM e STEVENS, 2000, 191, cor.
ANALISYS
Esta composição sugere uma leitura crÃÂtica ao progresso citadino e àindustrialização, recorrendo a um tratamento referencial de signos.
A simplicidade da mensagem permitiu a Fialho de Almeida apelidar de “gasosa†a “deusaâ€Â, que poderia servir “de cartaz a qualquer fábrica de bebidas, para o que tinha as necessárias acomodaçõesâ€Â.
Numa zona industrial, provavelmente Londres, visitada pelo artista, sob um céu azul tonal, surgem alucinações de corpos em desespero. Em contraste, no cimo da montanha paira uma imaginária figura feminina que a perfuma de açucenas brancas. Envolta por um véu de transparências violetas que traça o movimento da personagem, introduz a inocência e a pureza, metas de um “paradigma perdidoâ€Â, verdejante de frescura. A sinuosidade das suas linhas, gestualidade e anelado da cabeleira, constituem um dos raros exemplos da estética arte nova na pintura portuguesa, embora o rosto apresente um tratamento naturalista. Elaborada em contrastes sucessivos, a obra sublinha confrontos civilizacionais e estéticos entre a realidade e o sonho.
Preludiando preocupações ecológicas, na viragem do século XIX para o XX, esta emblemática “mãe naturezaâ€Â, é representada num “género inteiramente novo†(Ribeiro Artur).
Em conjunto com aquelas alucinações, lança a composição para outra dimensão, ou seja, para uma animação que a aproxima às primeiras experiências da Lanterna Mágica, aos fantasiosos dioramas de Daguerre e aos iniciais ensaios cinematográficos.
EspÃÂrito activo e viajado, Luciano Freire permanece algum tempo em Paris e Londres, onde contacta com os progressos técnicos e culturais, entre as fábricas e o cinema, e as últimas correntes estéticas simbolistas.
Maria Aires SIlveira
SOURCE: www.museuartecontemporanea.gov.pt-pt-pecas-ver-415-artist
BIOGRAPHY
Luciano Freire conclui o curso de Pintura Histórica na Academia de Belas-Artes, em 1886, onde lecciona uma cadeira de desenho até 1933. Participa pela primeira vez na Sociedade Promotora de Belas-Artes em 1887, onde apresentou D. Sebastião, mas no final da década de 1880 dedica-se ao retrato, com apurado sentido de observação.
Distingue-se pelas suas paisagens, como Bucólica (1906), de evocação simbolista, e Desolação (1900), paisagem melancólica e de solidão.
Viaja pelo estrangeiro, visita museus e galerias, contacta com outros artistas, e consciencializa uma opinião crÃÂtica quanto às questões artÃÂsticas e patrimoniais.
Assim, em paralelo com a sua acção artÃÂstica, L. Freire dedica-se ao estudo e investigação, particularmente sobre a conservação e restauro de pintura. Reconhecido pelos numerosos trabalhos de restauro de pinturas, pertencentes às colecções nacionais, de que se destaca o famoso e polémico restauro dos Painéis de S. Vicente.
É nomeado director do Museu Nacional dos Coches, em 1911, mantém uma colaboração activa nos processos de organização e funcionamento do Museu Nacional de Arte Antiga e participa regularmente nas secções artÃÂsticas de diversas revistas e publicações ilustradas.
Joana Baião
SOURCE: www.museuartecontemporanea.gov.pt-pt-artistas-ver-155-art...
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Material: Oil on canvas
Collection: MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea
Dimension: 199 × 160,5 cm
Inv. 29
ABOUT THE WORK
HISTORY
Oferecido pelo autor àAcademia de Belas-Artes de Lisboa como prova de candidatura a Académico de Mérito, em substituição do quadro Os catraeiros, perdido no naufrágio do vapor Saint André, em 1901. Integrado no MNAC em 1911.
EXPOSITIONS
Lisboa, 1899, 32; Lisboa, 1911, 68; Lisboa, 1913, 29; Lisboa, 1945; Londres 2000, 118, cor; Nova Iorque, 2000, 118, cor; Lisboa, 2005.
BIBLIOGRAPHY
ARTHUR, 1903, 253; O Occidente. Lisboa, 1911, p.b.; ALBERTO, 1911, 287; MACEDO, 1954, 16, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; FRANÇA, 1967, vol. II, 240, p.b.; RIO-CARVALHO, 1986, 112; SILVEIRA, 1994, 29, cor; Expresso- Cartaz, Lisboa, 2000, 5, cor; PINHARANDA, 2000, 31, p.b.; ROSENBLUM e STEVENS, 2000, 191, cor.
ANALISYS
Esta composição sugere uma leitura crÃÂtica ao progresso citadino e àindustrialização, recorrendo a um tratamento referencial de signos.
A simplicidade da mensagem permitiu a Fialho de Almeida apelidar de “gasosa†a “deusaâ€Â, que poderia servir “de cartaz a qualquer fábrica de bebidas, para o que tinha as necessárias acomodaçõesâ€Â.
Numa zona industrial, provavelmente Londres, visitada pelo artista, sob um céu azul tonal, surgem alucinações de corpos em desespero. Em contraste, no cimo da montanha paira uma imaginária figura feminina que a perfuma de açucenas brancas. Envolta por um véu de transparências violetas que traça o movimento da personagem, introduz a inocência e a pureza, metas de um “paradigma perdidoâ€Â, verdejante de frescura. A sinuosidade das suas linhas, gestualidade e anelado da cabeleira, constituem um dos raros exemplos da estética arte nova na pintura portuguesa, embora o rosto apresente um tratamento naturalista. Elaborada em contrastes sucessivos, a obra sublinha confrontos civilizacionais e estéticos entre a realidade e o sonho.
Preludiando preocupações ecológicas, na viragem do século XIX para o XX, esta emblemática “mãe naturezaâ€Â, é representada num “género inteiramente novo†(Ribeiro Artur).
Em conjunto com aquelas alucinações, lança a composição para outra dimensão, ou seja, para uma animação que a aproxima às primeiras experiências da Lanterna Mágica, aos fantasiosos dioramas de Daguerre e aos iniciais ensaios cinematográficos.
EspÃÂrito activo e viajado, Luciano Freire permanece algum tempo em Paris e Londres, onde contacta com os progressos técnicos e culturais, entre as fábricas e o cinema, e as últimas correntes estéticas simbolistas.
Maria Aires SIlveira
SOURCE: www.museuartecontemporanea.gov.pt-pt-pecas-ver-415-artist
BIOGRAPHY
Luciano Freire conclui o curso de Pintura Histórica na Academia de Belas-Artes, em 1886, onde lecciona uma cadeira de desenho até 1933. Participa pela primeira vez na Sociedade Promotora de Belas-Artes em 1887, onde apresentou D. Sebastião, mas no final da década de 1880 dedica-se ao retrato, com apurado sentido de observação.
Distingue-se pelas suas paisagens, como Bucólica (1906), de evocação simbolista, e Desolação (1900), paisagem melancólica e de solidão.
Viaja pelo estrangeiro, visita museus e galerias, contacta com outros artistas, e consciencializa uma opinião crÃÂtica quanto às questões artÃÂsticas e patrimoniais.
Assim, em paralelo com a sua acção artÃÂstica, L. Freire dedica-se ao estudo e investigação, particularmente sobre a conservação e restauro de pintura. Reconhecido pelos numerosos trabalhos de restauro de pinturas, pertencentes às colecções nacionais, de que se destaca o famoso e polémico restauro dos Painéis de S. Vicente.
É nomeado director do Museu Nacional dos Coches, em 1911, mantém uma colaboração activa nos processos de organização e funcionamento do Museu Nacional de Arte Antiga e participa regularmente nas secções artÃÂsticas de diversas revistas e publicações ilustradas.
Joana Baião
SOURCE: www.museuartecontemporanea.gov.pt-pt-artistas-ver-155-art...
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